Ontem caí na asneira de me meter numa discussão a qual já deveria saber, à partida, não iria chegar a lado nenhum! Foi mais uma daquelas discussões onde nada de muito profícuo transpareceu. Cada um a ouvir para o seu lado e ninguém a ouvir ninguém, como normalmente sucede em qualquer discussão. A teoria de que a discussão franca, argumentativa e equilibrada é útil a todas as partes porque permite alargar os nossos próprios limites é uma treta; ninguém tem abertura de espirito suficiente para permitir tal quando já formatou a sua cabeça para as suas conclusões sobre os assuntos. Ninguém está interessado em ouvir a mensagem, preocupa-se em descodificar as implicações para lá da mensagem, o que surge por detrás, o que se insinua com os sarcasmos, as entoações, as pontuações, o que não está escrito mas o que transparece. E com essa distração, a mensagem propriamente dita não passa. E é uma treta porque após 5 ou 6 impressões ditas ou escritas já se derivou para questões paralelas que em nada contribuem para o assunto. E depois, ainda há que lidar com as crispações pessoais, as sensibilidades de cada qual, muitas vezes as mensagens adquirem proporções que o receptor descodifica como ataque pessoal o que complica ainda mais o o desenvolvimento do tema. Acaba toda a gente a degladiar-se, zangados e irritados, cada vez mais refinados nas suas ironias e sarcasmos e esgota-se o tema por cansaço ou desmotivação. Vou-me deixar disso até porque nunca tive dotes de retórica. Deixo isso para os que, mais do que viver, escrevem sobre a vida.
Há pessoas que nos amam..
Há muito tempo que não vinha aqui. Não sei o porquê de andar arredada destas escritas minhas a não ser a circunstância de não me apetecer dizer grande coisa. Ou de não querer fazer deste blogue um permanente local de escárnio e maldizer na versão mais soft. Ser escarninha já deixou de ter piada. Esgotei o stock de veneno. Já não tem grande piada observar o comportamento humano e dissecar cada gesto, atitude ou acção com a ironia de quem , honestamente sabe, que o gesto que critica, é um erro que comete. Somos uma mistela de gente que, a maior para vezes, não faz um corno de ideia do que anda a fazer neste mundo. E faz merda atrás de merda a maior parte das vezes perdidos e sem saber como sair desta confusão mais ou menos inteiros. E não faz mal. Não faz mal porque com mais tentativa e erro, o que se quer é um quinhão de ser feliz sem que se peça mais do que a conta, a ver se dá para todos. E se, para os nossos, esse quinhão seja assegurado. É um desejo simples,...
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