Mensagens

A mostrar mensagens de 2011

Apaixonada...

Imagem

Cemitério de São Mateus

Imagem
Plain and simple...

Sótão com vista...

Imagem

Dia de Natal

Imagem

Seminário

Imagem

S.Mateus - o outro lado

Imagem

Andanças

Imagem

Natal

Imagem

Angra, oito e meia de uma manhã de inverno...

Imagem

Padaria em Angra...

Imagem
    É despojada de quase tudo, tem o pão, o papo-seco, não tem bolinhos doces nem pasteis salgados, pelo menos à vista do freguês, tem uma máquina registadora, único sinal aparente de modernidade. Quando lá passei  não tinha ninguém a atender. Adoro o ferro forjado, adoro os azulejos das paredes, as janelas vagamente aparentadas com um sonho das mil e uma noites. As fotos foram tiradas com um telemóvel, não mostram a graça da padaria. Da próxima vez levo a máquina e peço para ver mais além, não faz mal perguntar, pode ser que me deixem espreitar onde fazem o pão e onde o cozem.

20 de Dezembro de 1962

       Sou filha tardia de uns pais de luto por outro filho. Sou a segunda geração de filhos de uns pais a quem lhes foi tirado, de chofre, um filho muito amado. A minha irmã, a Rui, nasceu de uma necessidade dolorosa de renascimento, a Rui foi a "luzinha que se acendeu" depois de anos de depressão inconsolável de uma mãe chorosa e de um pai que guardou tudo lá dentro, nem por isso menos  sentido. Sou filha não pensada mas nem por isso menos acarinhada por uns pais sempre presentes, pais já quase velhos que, contra todas as perspectivas conseguiram, na medida do possível, acompanhar a irreverência de uma filha mais nova, dócil quando pequena, irreverente, quase insolente quando crescida.    Hoje, dia 20 de Dezembro, faz 49 anos que o filho primogénito morreu. Hoje como ontem, como sempre, a data é sentida profundamente: a mãe já deixou de pensar nela há alguns anos, a mãe já deixou de pensar que vive e que se arrasta neste mundo, a mãe vegeta, não vive, a mãe é um invólucro d

Natal

   Ouvi dizer que o Natal é quando a gente quer, ouvi dizer que o espírito do Natal deve permanecer pela vida fora, ser força e exemplo para nos fazer marchar neste caminho que nem sempre é doce, tranquilo, ouvi dizer que não é uma época no ano que faz o Natal, que o Natal é feito por nós e de nós para os outros. Ouvi dizer tudo isso, é bonito, é nobre,  afinal o Natal, muito a propósito, acontece no final de mais um ano, uma espécie de retrospectiva, onde se olha para trás e se pensa no que nos espera.  É o balanço de uma caminhada que se fez e de outra que se inicia prestes,  começar tudo outra vez, batalhar sempre,  virar o barco com vento de feição, armazenar provisões, ir buscar força, ganas, vontade para viver. Agarra-se na  família com a emoção de um amor remoçado, beija-se,  abraça-se e mima-se,  uma onda invisível de boa vontade  nos assalta, envergonha-nos do resto do ano onde estivemos, mudos, frios, indiferentes. Como se doses grandes de amor fraterno nos penitenciem dos pe

Facebookiando...

   Sabia que mais cedo ou mais tarde teria que falar nisto, fatal como o destino, assunto de agenda actualíssimo. Primeiro que tudo que fique claro que quando critico ou ironizo é a mim principalmente que censuro: sou culpada de todos os pecados facebookianos, tudo o que condeno no uso e abuso deste instrumento de cusquice instituída eu faço ou fiz, caminho  penosamente para a luz mas o percurso é longo e os hábitos (vícios) são difíceis de debelar.     O facebook é poderoso e apodera-se de nós, dos fortes e dos fracos, altamente democrático, serve bem toda a gente desde os incultos aos verdadeiros cultos, é tranversal, longitudinal e horizontal; faz casamentos, desfaz relações, faz-nos saber onde estão os nossos amigos e aqueles que não nos dizem nada mas que, por artes quase mágicas são nossos amigos à força, todos aqueles a quem aceitamos amizade, a quem não nos interessa a minima se estão vivos ou mortos mas a quem damos, contra todas as previsões, mais tempo da nossa atenção quan

Relvão - Tarde de Dezembro

Imagem
   Fim de tarde de Dezembro, temperatura amena e ar limpo. O Guilherme na sua ida semanal ao treino do jogo do pau, fotografias tiradas com o telemóvel, o que revela como linda estava a tarde para poder ser captada por uma máquina sem nenhum tipo de resolução e mesmo assim não envergonhar a fotógrafa!