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A mostrar mensagens de setembro, 2013

Carta aberta ao CR

esquerda. e vento! Carta aberta ao Cristiano Ronaldo. Meu caro Ronaldo, tu não me conheces e duvido que venhas a conhecer como acontecerá a 99,9% das pessoas deste país e do universo conhecido. As hipóteses de tal suceder são tantas como tantas são as hipóteses de 99,9% dos homens deste planeta virem a ter a projecção mundial que tu tens. O que é, logo à partida, uma chatice para ti porque a ti todos te vêem e tens  que aguentar pancada a torto e a direito.Deixa-me que te diga que não te aprecio mais do que a qualquer jogador que nos represente ( apesar de confessar que por motivos não propriamente importantes fiquei bastante sensibilizada com o visual daquele Nelson, o Oliveira, como qualquer mulher gosto de apreciar uma coisa bem feita e o cabelo do Nelson estava insuperável!). Hoje estiveste mal, erros clamorosos, dois golos em frente à baliza, não foste o super homem que tens a obrigação de ser para o dinheiro que ganhas. Não levaste a selecção às costas, parece que te atrapalha

Caminhada por ali acima...

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    Esta caminhada de hoje com a Francesca como parceira  tinha tudo para dar errado, a previsão catastrófica de um temporal de dimensões apocalípticas e um rally não previsto mas que se veio a verificar ser no mesmíssimo local que escolhera para caminharmos; com tantos caminhos, estradas e canadas logo havia de nos ter calhado toda aquela azáfama de policias, bombeiros, gente da organização, tascas com bifanas e mais tascas com bifanas e gente e gente em local onde normalmente não há gente e se pode caminhar em paz;    O temporal foi um fiasco, veio uma pessoa preparada para cair uma ou duas árvores à nossa passagem e vai daí não caí nada, não há vento e a chuva que cai não faz mossa nenhuma porque vem logo o sol e seca tudo.    Quanto ao rally tivemos a nossa primeira suspeita quando vimos uma tasca de comes e bebes a cheirar a coisas impróprias para caminhantes. A Francesca ainda perguntou ao tasqueiro. " Há touros?!" Olhada de alto a baixo, resposta lacónica " r

A Tasca do Venâncio II

   De vez em quando gosto de regressar à Tasca do Venâncio, é um manancial de experiências sensoriais de uma riqueza insuspeitada desde que não olhemos muito de frente para a cozinha que está sempre escancarada. No Venâncio não há nada a esconder nem a ASAE se atreve a lá entrar. Os tachos e panelas estão revestidos exteriormente de uma camada resistente de gordura de alguns anos; a expressão " arear os tachos" é desconhecida por aquelas bandas, mas quem é que pode arear tachos e panelas todos os dias, todas as semanas, todos os meses?! anos?! e os azulejos perto do fogão há muito que perderam a sua cor original: tem uma patine acastanhada de ricos matizados; na verdade, o que me importa a mim que por fora as panelas estejam peganhentas se por dentro são lavadas? Mais que lavadas, têm substâncias que se reúnem para formar aromas e sabores maravilhosos.    A Tasca do Venâncio existe a uns ténues 100 metros da minha casa pelo que estou sujeita, frequentemente, a investidas se

Pneus e furos e cenas assim...

    Há lá coisa mais agradável do que um furo num pneu numa manhã cedo de 2ª feira? Talvez um enxerto de porrada ou uma dor excruciante de dentes ou de cabeça, no entanto, um furo é sempre um furo, implica desorganização na nossa vidinha formatada e para além dos skills técnicos necessários é sempre uma prova delicada para qualquer mulher nem que seja no seu amor-próprio. É que apesar de não ligar nenhum ao carro e a tudo o que a ele diga respeito, incomoda-me passar a ideia que sou uma tansa nos aspectos relacionados com o dito. Pensar no carro é aborrecido, tudo o que lhe diga respeito é um enorme bocejo: limpá-los, lavá-los (agrada-me viver numa ilha, normalmente a mãe natureza trata desse assunto por mim; para além de que tenho uma aranha com uma teia muito bem composta entre o espelho lateral direito e a porta e aborrece-me deixá-la sem casa), ver-lhe o óleo e a água ( quanto ao limpa para-brisas a chuva resolve o assunto pelo que só é reabastecido de água quando vai à revisão),

Os amigos " faz de conta que são amigos"

      Qualquer ser humano de estrutura mental dentro dos padrões reconhecidos como normais tem um grupo interessante de amigos dos quais não abdica; esses amigos são reconhecidamente imprescindíveis para a sua vida social que gostam de cultivar; é um ser gregário, é em grupo que se identifica e se sente bem; só os eremitas e demais seres de má catadura conseguem viver uma vida numa espécie de reclusão auto-imposta e se sentirem realizados por essa via, a da exclusão. Os restantes precisam de companhia. No entanto não andam por aí, propriamente, amigos a cair às resmas como gotinhas de chuva pelo que cada um, o melhor que pode vai seleccionando uns quantos, os que pode e os que deixam que possa. Por processos não totalmente compreendidos existem pontes entre algumas pessoas que lhes permitem aproximar-se uma da outra. Os critérios de selecção dos amigos são vastos, quase nunca inteligíveis e nem sempre de substrato sólido: muitos, superficiais até! Pouco importa! Feito o amigo e tendo

Regresso

    Em meados de Agosto já eu estou fartinha de férias, em Setembro ressuscito para a rotina da escola e isso salva-me da melancolia e da prostração doentia dos finais de férias em que não há mais que inventar o que fazer para ocupar os dias que demoram eternidades a passar; em Setembro vejo putos novamente, credo, como sinto falta de os ver; mais, quando regresso à escola até o maior corrécio me vem cumprimentar com a delicadeza do ser mais educado; é que eles estão também satisfeitos por me verem, é assim mesmo, podem passar o restante ano lectivo a engendrar formas de me massacrar que naquele instante, o contentamento é genuíno; e eu que refilo o ano todo que os gritos e os sons de dezenas de alunos a martelarem-me incessantemente a cabeça me matam de morte lenta e dolorosa dou por mim a desejar que esses sons me invadam a moleira novamente. Somos muito de rotinas mesmo aquelas que nos cansam, são as nossas rotinas; quando quebradas o meu corpo entra num modo de funcionamento ao qu

É assim...

Hoje apetece-me falar de modas, aquelas modas que são seguidas por quase todos sem se darem conta e não falo propriamente de roupas e demais cenas de vestir mas sim expressões de oralidade que o português gosta de usar e mais, faz questão nisso:    Não há nada que me deixe mais predisposta para ouvir do que um início de frase "É assim...". Quem diz "é assim" prepara quem ouve, como que avisando que, o que irá ouvir, será importante, quantas vezes uma descoberta filosófica  profunda, uma verdade indesmentível. Por exemplo: Pergunta: " O que acha da crise mundial?" Resposta: " É assim, eu acho que a crise mundial é geral, atinge toda a gente e portanto acho mal...." Ou então:"É assim, não penso nada, penso que cada vez gasto mais quando vou ao supermercado e venho de lá com menos coisas. Está respondido?"" É muito possível que em ambas as situações quem as proferiu não perceba bem o que disse nem se o que disse faz sentido mas n