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A mostrar mensagens de novembro, 2012

A ver deus!

   Outro dia tive uma conversa muito interessante e esclarecedora sobre uma corrente muito em voga nos dias que correm, entre gente que tem, entre quase  nada para fazer e nada para fazer, tempo de sobra e não sabe muito bem que outras formas criativas inventar para gastar o seu dinheiro que tem que ser muito.  Falo das festas muito exclusivas e tremendamente caras onde o objectivo primordial é ter sexo, de preferência muito e com muita gente diferente. Uma rebaldaria pegada mas com muito nível! Fui investigar o fenómeno e descobri a empresa principal que se dedica a estas coisas, há outras mas são sucedâneos rascas que não dão estatuto; essa tal de que falo parece que está altamente próspera e com tendência para melhorar ainda mais e toda a gente que quer enrolar-se em grupo mas enrolar-se com estilo, a procura. Palavra de ordem para estas festas: discrição. O pessoal que as frequenta é altamente discreto e deseja anonimato. Mesmo que passe a noite de pernas abertas e de pirilau em r
   Hoje levantei-me ainda com mais energia do que é habitual; com a energia que emprego quando me lembro de nova coisa para fazer: vou começar a correr! Correr é só a mais detestável forma de fazer exercício físico e no entanto parece-me que para mim, vai ser a única coisa que resulta. Desde que, numa época quase dinossáurica caí na asneira de participar num corta-mato do liceu, cá em Angra e terminei em último lugar das meninas e portanto atrás de toda a gente, e para mais com a suprema humilhação de nem ter corrido com umas sapatilhas minhas, jurei que nunca mais correria, se para tal não fosse obrigada. É verdade que quando passei pelo Isef, percebi que até conseguia correr tempos infindos sem morrer entretanto de exaustão; tenho boas recordações de grandes corridas com os meus colegas pelos campos circundantes que iam ter ao estádio nacional, mas esse estado de graça terminou e empreguei o meu tempo a fazer outras coisas, a maior parte delas sem ter que ver com o exercício físico.

O bicho-papão

   Não tenho especial predilecção por idas ao dentista! Não é com jubilo que lá vou no entanto o sentimento não é de medo, é simples resignação! O meu quinhão de saudável carga genética no que à dentuça diz respeito não foi generoso comigo pelo que frequento dentistas desde miúda! Hoje, de boca aberta durante uma hora, dócil que nem um cordeiro, tive tempo para rever todas as minhas experiências nesta matéria e reflectindo melhor, concluo que, após tantas provações, eu e a bacana da minha actual dentista somos quase amigas e respeitamo-nos mutuamente!     Havia um ser, nos idos anos oitenta, aqui na Terceira, que me infernizava a vida, um médico de tal forma demoníaco que me impedia de dormir na véspera de o visitar. Era um abrutalhado que toda a gente, provavelmente os que não tinham nunca provado a sua delicadeza em acção, dizia que o homem era muito bom médico, sim, tinha um feitio um pouco especial mas ninguém poderia negar a sua competência. A mim parecia-me o diabo em forma de

A arte de bem comer

   Quero dizer desde já que a importância deste escrito é muito relativa pelo que tendo outras coisas para fazer não percam o vosso tempo aqui! Ficam avisados!      Gosto de observar gente! Gosto de ver como andam e como correm, se  põem os pés para dentro, se caminham com eles para fora, se são gingões a andar ou tesos que nem carapaus, se arrastam os pés, se balançam os braços ... tantas variações sobre um tema! Agrada-me ver os gestos físicos corriqueiros do dia-a-dia, gosto de ver a forma como descansam os braços quando não têm nada de útil para fazer com eles.Gosto MUITO de observar gente a comer! No acto de alimentação em publico há uma grande dose de vulnerabilidade! Não se pode ter comportamentos em publico que reservamos para casa, de portas fechadas, sem ninguém a ver! Os códigos de conduta são muito rígidos e se alguém insiste em transgredi-los  ouvirá ou sentirá sem que lhe digam que " come que nem um porco!" Sujeita-se! Pessoas há que comem com vontade, nã