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A mostrar mensagens de outubro, 2012

O Aliança

   Este ano inicio as aulas às 9,00 e essa circunstância abre-me horizontes nunca antes possíveis. Na impossibilidade de ir dormir a casa uma sestinha depois de  levar os putos à escola às oito e não querendo passar pela indignidade de ir dormitar o resto do tempo para o parque de estacionamento da escola como um cão abandonado, tornei-me frequentadora de cafés. Para fazer tempo, para me integrar no espírito da cidade, para cuscar um pouco, para observar. Comecei pelo People, na rua direita, tem uma empregada gira e espevitada mas sempre mortiço às 8,00 tirando o senhor sem-abrigo que marca o ponto religiosamente, a fumar o seu cigarrito, subitamente famoso depois do artigo que saiu no Diário Insular ( ou foi no União?!) sobre aquela associação de contornos suspeitos que quer erradicar das ruas quem nas ruas lhe apetece ficar. Parece que aquele velhote é um de poucos que dorme pelos cantos da cidade e isso causa transtorno a certas pessoas de espírito solidário vincado, uma afronta a
   Na minha escola como acredito que em grande parte das escolas deste país, metade dos alunos se não mais do que isso, está incluído num escalão máximo de ajudas do estado que passa pela gratuitidade das refeições e diminuição ou gratuitidade dos manuais escolares e transportes escolares/ passes. Outro grande grupo de população escolar pertence também a escalões onde pagam menos, por exemplo, 50 cêntimos por refeição.    Este ano, porque tenho tempo e disponibilidade, almoço pelo menos duas vezes por semana na cantina da escola; almoço junto com os alunos porque gosto de observar. O almoço de hoje foi: sopa de grão, douradinhos com arroz de tomate, salada de alface, cenoura e cubinhos de maçã,  maçã como sobremesa (duas qualidades à escolha) e um papo-seco (embalado individualmente). Água para beber. Preço por aluno sem escalão: 2,14€ com multa de 30 cêntimos se comprada no próprio dia; preço para professor: 4,27€ com multa se comprada no próprio dia.    Qualidade da refeição - o

Festival AngraJazz - a reportagem alternativa

    Terminou o 14º Festival Angrajazz, o meu terceiro, cumpridos sempre os 3 dias do calendário, junto  dos mesmos amigos, a maioria dos quais que percebe mais de jazz do que eu irei perceber, mesmo que me afinque, até ao resto da minha vida. Consigo perceber se a música me diz algo, se mexe comigo, se me faz querer ouvir mais; consigo perceber se os músicos são virtuosos, bons instrumentistas, mas pouco mais. Nessa área não me meto! O que me resta falar, então?! Ai, tanto!     Três dias, seis grupos! Sala do auditório, do Centro Cultural de Angra! Mesas dispostas no centro, bancadas a rodeá-las.  O publico feminino, regra geral, vem vestido de forma cuidada, as senhoras de saltos altos e trajes elegantes ainda que não excessivos, os homens normalmente parecem uns pelintras perto delas. Cada vez mais desmazelados! Parece que ninguém acha já importante cuidar-se! Excepções para casamento e batizados em que se exagera ao contrário mas não é preciso muito tempo para que os homens, se