Eu sou a mãe!!

   Ontem! Local:a minha escola, campo desportivo exterior. "Alexandre, vamos embora! Estou desde as 11,00 à porta da escola à tua espera!" grita alguém muito irritado, por detrás de mim, uma mulher debruçada no varandim de uma das rampas perto da zona desportiva, dirige-se a um aluno meu. Perto do aluno pergunto: "Quem é, Alexandre?!", " a minha mãe", responde. Observo-a melhor certa de a conhecer de algum lado. Aproximo-me, já a ferver e digo suavemente: " Parece-me que teria sido mais correcto se se tivesse dirigido a mim!". Resposta rápida meia atrapalhada, a despachar "Ah, é que estamos atrasados para ir a uma consulta!". Continuo, "De qualquer forma...o Alexandre está em aula, a senhora interrompeu a aula, era comigo que devia ter falado primeiro para deixar sair o seu filho!". Já me recordo de onde a conheço: foi funcionária nesta escola no ano lectivo anterior!!! Por esta altura, a mulher mostra toda a sua impaciência para comigo, bate o pé, roda as ancas empertigada, vira-me as costas ao mesmo tempo que me diz:" Eu sou a mãe!" Como se ser a mãe dê toda a autoridade e justifique impertinências, indelicadezas e malcriações para com os outros! " E eu sou a professora e quem manda aqui sou eu!"  ainda disse mas penso que a mulher já não me ouviu, tão plena de razões se sentia. O aluno já tinha sorrateriramente saído da aula para ir ter com a mãe, envergonhado que estava! Facto interessante: três alunas minhas , batidas nas faltas de material e de assíduidade muito inconstante, sentadas alí perto, olharam para mim, atónitas! Depois de cada uma delas, à sua maneira, ter sentido a necessidade de mostrar a sua solidariedade por mim, com comentários certeiros sobre a conduta da outra senhora, uma rematou o assunto assim " Deixe lá professora, é de S. Mateus!"

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