Há gente de coluna vertebral de tal forma flexível que consegue cheirar o próprio rabo e sendo assim aguentam qualquer merda, engolem sapos atrás de sapos porque quando deviam soltar verborreia, encolhem-se e na sua pequenez limpam as armas para mais tarde, quando o inimigo está de costas. Propagandeam-se como arautos de um carácter irrepreensível, donos de uma conduta moral sem mácula, gente de fibra e de substância, de valores sólidos e fidelidade inquestionável. São conciliadores, nunca dizem uma palavra que ofenda, nunca têm que pedir perdão a ninguém porque na sua condição de alma impoluta, nunca ofenderam ninguém, desiludem-se todos os dias com os seus semelhantes que, fracos, imperfeitos, irreflectidos, pecam constantemente por actos e omissões e sempre contra si. Relevam constantemente essas ofensas, sentem-se bem a levar pancada dos outros, são sofredores por profissão, resilientes na sua dor única. E são burros, muito burros e na estupidez de quem se julga destinado a uma existência sublime, são ridículos e não o sabem.
Há pessoas que nos amam..
Há muito tempo que não vinha aqui. Não sei o porquê de andar arredada destas escritas minhas a não ser a circunstância de não me apetecer dizer grande coisa. Ou de não querer fazer deste blogue um permanente local de escárnio e maldizer na versão mais soft. Ser escarninha já deixou de ter piada. Esgotei o stock de veneno. Já não tem grande piada observar o comportamento humano e dissecar cada gesto, atitude ou acção com a ironia de quem , honestamente sabe, que o gesto que critica, é um erro que comete. Somos uma mistela de gente que, a maior para vezes, não faz um corno de ideia do que anda a fazer neste mundo. E faz merda atrás de merda a maior parte das vezes perdidos e sem saber como sair desta confusão mais ou menos inteiros. E não faz mal. Não faz mal porque com mais tentativa e erro, o que se quer é um quinhão de ser feliz sem que se peça mais do que a conta, a ver se dá para todos. E se, para os nossos, esse quinhão seja assegurado. É um desejo simples,...
Obrigada Luciana, fico contente que o meu blog lhe produza esse estado de risota, é mesmo o que precisamos, rir! Quanto a esses seres, conheço uns poucos também! Foi em sua homenagem que escrevi esta crónica! Beijinhos
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