Drawings

   Em final de férias, a gastar os últimos dias do dolce fare niente do mês de Agosto, começo a sentir-me inquieta, impaciente! A rotina das férias moí quando se está habituada à confusão da escola! Uma forma de me acalmar e que há mais de vinte anos não usava é o desenho! Confesso que quando resolvi começar novamente estava um pouco apreensiva; tenho noção exacta dos meus pontos fracos na técnica do retrato a grafite, género do desenho que sempre preferi e que me dá mais gozo. Gostaria de aprender mais porque, como em tudo, 10 % é talento e 90 % é trabalho (neste caso específico, técnica, trabalho, trabalho, tentativa e erro) - quando não se é verdadeiramente talentoso mas sabe-se o básico da técnica, a persistência faz o resto. Gostava de conseguir, por exemplo, fazer retrato ao vivo, em poucos traços captar correcta e expressivamente a alma de um rosto, sabendo que, em retrato vivo o objecto do nosso trabalho move-se, adquire novas expressões, arque a sobrancelha, treme as narinas, boceja e impacienta-se também!
   Aqui vão as minhas duas primeiras tentativas, uma quase acabada e outra ainda muito insípida!

  
   O meu pai - lindo de morrer, apesar de alguns pormenores que não gosto ( é de mim, não dele, que era de  uma fotogenia incrível!) consigo reconhecê-lo, numa foto típica dos anos cinquenta, quando os homens sabiam deixar-se fotografar!


     Laurence da Arábia, outro homem lindíssimo, com uma vida incomum e romanceada até em filme - de David Lean e protagonizada por Peter O'toole! Esta está muito inacabada, os pormenores do trajo estão a moer-me a cabeça!
   

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