Anteontem fui sempre para sul até Porto Alegre. De S. Tomé, cidade até Porto Alegre são 70 km de curvas e contracurvas, de vegetação luxuriante e paisagem de perder o fôlego. Foi dia de queimar quilómetros, de perceber a dimensão da ilha. E de perceber, também, como a ilha parece tirada dum livro do Robert Louis Stevenson ou de, como se de repente, do matagal cerrado pudesse surgir, fazendo estremecer as palmeiras a qualquer momento, um gorila gigante. A flora é riquíssima, as flores são exuberantes, as árvores altas ou de copas larguíssimas, de toda a ilha brota vida em excesso de cores, de formas, de tamanhos. Porto Alegre é uma aldeia piscatória no fim da estrada. É um porto pequeno com um aglomerado de casas caoticamente dispersas como, de resto, em toda a ilha. Aqui não me detive muito tempo, a fazer contas sem ter a certeza de ter gasóleo para o caminho de regresso. Certa que irei voltar noutro dia para fazer a travessia até o Ilhéu das Rolas e aí poder percorrer a a...