A Tasca do Venâncio

   Quando me instalei na casa número 5, desde logo me agradou uma data de coisas: o sino da igreja, os ruídos dos carros lá longe, o som de uma tampa de esgoto meia solta quando passada por cima por um carro,  os ruídos dos passos das pessoas a descerem a minha rua, a balbúrdia de sons na Tasca do Venâncio logo ali, ao virar da esquina. Sempre que por lá passava me luziam os olhos, o ambiente descontraído, a montra cá fora com as flores e as frutas a atrair clientela, a risota pegada, algumas discussões mais acesas. Ontem a pretexto de não querer fazer almoço e sendo o aniversário do Gui, decidi irmos almoçar à tasca. Pedimos bitoques de novilho mas fiquei a salivar na visão de um cântaro grelhado de ar suculento. Ficará para a próxima, a minha carne estava saborosa e as socas de milho muito docinhas. A cozinheira é uma 'pontalhona', como se diz cá na terra, de língua afiada, resposta pronta e olhos sorridentes. Quem entrar nesta tasca armado em fino e de nariz empinado, o melhor que faz é dar meia volta ao cavalo e ir enjoar-se para outro lado. A ela regresso brevemente!






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