Trabalho de Campo - Algar do Carvão
Como professora de uma turma do 6º ano faço parte de um projecto denominado de Projecto de Sustentabilidade que, espero vir a entender completamente, quando entrar em formação esta semana! Nos Açores vim a descobrir esta ideia peregrina ( peregrina no sentido de ser inovadora e hoje em dia os meus colegas professores sabem que INOVAR é que é a palavra-chave...adiante, não me vou deter mais nesta questão!). É verdade, na Região Autónoma dos Açores, a secretaria regional deliberou que uma semana de formação (a chamada Janela de Formação) no primeiro período e mais outra janela em Junho era indispensável! Putos p'ra casa que os professores estão em reciclagem intensiva! Sendo assim, a primeira parte da minha formação consiste numa visita de campo ao Algar do Carvão (falarei neste mais adiante) com o restante conselho de turma! Na visita de campo, aos professores era pedido que, munidos de máquinas fotográficas recolhessem evidências (ora aqui está outra palavra na moda na gíria docente) da biodiversidade da fauna e flora da ilha! Roupinha adequada, botas de caminhada, corta-ventos e demais adereços que no centro da ilha o vento é agreste! As evidências fotográficas abaixo o comprovam!
Iniciado alegremente o nosso passeio, vimos logo mais à frente uma manada de bichos negros com cornos, vulgo toiros, o que desanimou alguns elementos do grupo! Exclamações de seres entendidos, ai não se preocupem, os toiros não investem se estiverem em manada, são animais gregários que preferem afastar-se a atacar... se na remota eventualidade de investirem chegas-te para o talude e permaneces quieto, eles só investem ao movimento... e se eles ouvem o meu coração a bater, se não conseguir parar de tremer com as pernas, se aparecer por aquela estrada uma manada de toiros tipo S. Fermin.... se...se...uma galhofa pegada! Uns mais afoitos adiantaram-se a servirem de batedores, que emoção... que responsabilidade...este passeio prometia, pensava eu, já a fazer filmes...
No final, após andarmos uns dois quilómetros (porque será que no regresso a sensação é que se andou menos ou que se gastou menos tempo?!) em que fotográfamos tudo o que achámos ter alguma importância mas não vimos nada de muito significativo ou de uma biodiversidade por aí além regressámos à base! Da minha parte não consegui captar nenhum bicho, nem coelhos nem passarinhos, nada! Uma certa desilusão, confesso! Fiquei-me pelas plantinhas todas muito singelas. Algumas árvores características da terra, no entanto a paisagem é de cortar a respiração, o capacete de nevoeiro dá-lhe uma certa graça e mistério, eu gosto! Aqui ficam algumas imagens do percurso pedestre realizado pelo conselho de turma do 6º1 da Escola Básica e Secundária Tomás de Borba.
Esta coisa indecifrável faz-me lembrar aquela baba nhanhenta que saia das máxilas nojentas do alien, personagem principal e inesquecível do filme - Alien, o oitavo passageiro do realizador Ridley Scott. Não sei se estão a ver: uma baba meia peganhenta verde e mortalmente ácida que derretia qualquer superfície onde caia! Sei que não é uma comparação muito feliz mas é a única que me ocorre!
Hum... Ninguém me convida ara estas coisas!
ResponderEliminarPorque é que fico sempre com o trabalho sujo naquela escola?!